Um ecossistema rico e invulgar
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Anarrhinum longipedicellatum
Planta exclusiva de Portugal Continental. Ocorre sobretudo na Beira Litoral, crescendo em ambientes rochosos e taludes, em locais secos e expostos, de substratos ácidos, dos 50m aos 1000m. Floresce de finais de Abril a Agosto. Atinge um porte de 90cm. Está incluída no Anexo V da Diretiva Habitats.
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Flamingo (Phoenicopterus roseus)
É uma ave inconfundível, pelo seu tamanho, coloração clara ou rosada, longas pernas rosadas, longo pescoço e bico rosado e preto muito característico. Alimenta-se de zooplâncton, minúsculos crustáceos que filtra da água com o seu bico altamente especializado. Esta ave habita sobretudo nas zonas húmidas junto ao litoral, se bem que pode também frequentar lagoas de interior com pouca profundidade. Apesar de não nidificar em Portugal, pode ser observada ao longo de todo o ano, formando grupos numerosos.
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Freixo-comum (Fraxinus angustifolia)
Esta árvore de folha caduca pode atingir os 20m de altura. Amplamente distribuído por Portugal, compõe bosques ripícolas na margem de cursos de água em diferentes zonas do território, preferindo solos profundos. Está também associado à formação de sebes vivas que marginam lameiros. A sua floração pode ocorrer de Janeiro a Maio. Devido à elasticidade e resistência da sua madeira, tem sido muito utilizado em cabos de utensílios. Também já foi usado na cestaria e é plantado como ornamental. As suas folhas contêm propriedades medicinais, diuréticas e anti-reumáticas. A sua infusão considera-se eficaz na artrite e nas crises de gota. Também já foram utilizadas como laxante. É igualmente muito apreciada pelo gado.
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Garça-vermelha (Ardea purpurea)
Garça de grande tamanho, atinge quase 1,50m de envergadura. Plumagem geral de cor cinza-escuro, mas exibindo também as tonalidades rosada e purpura que lhe dão o nome. Bico amarelo, comprido, tipo baioneta. Pernas longas e amareladas. Mantém o pescoço encolhido em voo, o que é característico desta família. Esta espécie migradora frequenta o nosso país de Março a Agosto, sendo na Ria de Aveiro que se localizam grande parte das colónias reprodutoras em Portugal. Constrói o ninho no meio dos canaviais, ao nível do solo ou da água. Alimenta-se de peixes, insetos e invertebrados aquáticos. O seu estatuto de conservação classifica-a «em perigo», devido à diminuição das suas populações.
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Guarda-rios (Alcedo atthis)
Ave pequena, muito vistosa, pela sua coloração vibrante. Dorsalmente a sua plumagem é de cor azul brilhante e face ventral e peitoral de cor laranja. Tem um bico comprido e direito que utiliza para capturar as suas presas, sobretudo pequenos peixes, mas por vezes invertebrados aquáticos e alguns anfíbios. Espécie residente e distribuída por todo o país. Frequenta todo o tipo de cursos de água, evitando as zonas elevadas ou muito acidentadas e as mais humanizadas. O ninho é uma galeria estreita, escavada na margem de algum curso de água ou uma barreira nas proximidades. Vê-se frequentemente poisado em ramos, junto à água, de onde observa as suas presas, antes de se lançar num mergulho fulminante sobre estas.
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Lagartixa-de-Carbonell (Podarcis carbonelli)
Esta pequena lagartixa exibe um dimorfismo sexual mais evidente durante o período reprodutor, de Março a Julho. Os machos mostram os flancos verdes com ocelos azuis enquanto que as fêmeas são mais acastanhadas. A face ventral das fêmeas adquire tonalidades creme ou amarela, sobretudo na garganta. Trata-se de um endemismo Ibérico de reduzida distribuição que, em Portugal, distribui-se ao longo da faixa litoral a Sul do Douro, estendendo-se para o interior ao longo das serras de Montemuro, Estrela e Malcata. Ocupa os vários patamares de altitude até aos 1600m, preferindo zonas com alguma vegetação arbustiva e arbórea e evitando locais mais rochosos. Também habita o cordão dunar do litoral. A sua alimentação consiste essencialmente em escaravelhos e aranhas.
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Lagarto-de-água (Lacerta schreiberii)
Lagarto de dimensões médias, com dimorfismo sexual evidente, ao nível da coloração, do padrão dorsal e do tamanho. De corpo esverdeado, o macho diferencia-se por apresentar a cabeça azulada enquanto a da fêmea é de cor cinzenta. Endemismo do Noroeste da Península Ibérica e do Sistema Central, mantém algumas populações isoladas no Sul de Portugal. Habita zonas mais frescas e húmidas, em habitats associados a cursos de água e coberto vegetal denso. É característico das zonas montanhosas do Norte e Centro do país, mas ocorre desde o nível do mar até aos pontos mais elevados da Serra da Estrela. Alimenta-se de pequenos invertebrados, como moscas, gafanhotos e escaravelhos. Tal como o nome sugere, este lagarto não hesita em atirar-se à água e nadar em caso de perigo.
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Lontra (Lutra lutra)
Este emblemático mamífero carnívoro de hábitos aquáticos está presente em grande parte dos recursos aquáticos do país e pode-se observar durante o dia, apesar da sua atividade ser predominantemente noturna. Com um tamanho que pode ultrapassar 1m de comprimento (com a cauda), o seu corpo está perfeitamente adaptado à natação, com uma pelagem densa e impermeável, patas com membranas interdigitais, nariz e visão adaptada à submersão e cauda propulsora. Alimenta-se de peixes, mas também pode capturar lagostins de rio, anfíbios e cobras-de-água. Constrói uma toca na margem dos cursos de água, que utiliza para descansar durante o dia e para dar à luz uma a cinco crias.
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Ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus)
Este é o maior mamífero insectívoro que ocorre em Portugal. De aspeto arredondado, pode crescer até aos 30cm de comprimento e pesar cerca de 1kg. O nome advém da sua principal característica, uma cobertura de pequenos espinhos que o protegem dos predadores. De hábitos solitários e atividade noturna, tem uma dieta muito versátil, alimentando-se de pequenos invertebrados, insetos, tal como pequenos anfíbios e répteis. Aproveita ainda alguns frutos silvestres, sementes e cogumelos. Ocupa uma grande variedade de habitats e hiberna durante o período de Inverno.
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Rã-ibérica (Rana iberica)
Anfíbio de pequenas dimensões, cujo comprimento raramente passa dos 5,5cm. De tonalidade castanha ou alaranjada, a face ventral é clara e por vezes com reticulado escuro. Possui membros posteriores compridos, olhos grandes e salientes com uma mancha pós-ocular escura. Encontra-se ativa durante todo o ano, preferindo cursos de água corrente e bem oxigenada, pelo que é mais habitual nas zonas montanhosas. Contudo, também frequenta charcos e lagoas. Trata-se de um endemismo do Noroeste da Península Ibérica, ocorrendo em Portugal a Norte do Tejo, desde o nível do mar até ao cimo da Serra da Estrela. Na Serra de S. Mamede encontra-se uma população isolada.
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Salgueiro-preto (Salix atrocinerea)
Arbusto que pode atingir o porte de uma pequena árvore, crescendo em solos húmidos, nas margens de cursos de água, lagoas e charcos, desde o nível do mar até aos 1800m. A sua floração precoce, de Janeiro a Abril, torna-a numa importante planta melífera.
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Tritão-de-ventre-laranja (Lissotriton boscai)
Pequeno tritão que não atinge os 10cm de tamanho total, apresenta uma coloração dorsal e lateral escura e o ventre alaranjado, com pintas negras dispersas por todo o corpo. Encontra-se apenas no Oeste da Península Ibérica, pelo que representa um endemismo. Em Portugal pode-se encontrar por todo o território continental, em diferentes habitats, desde o nível do mar até aos pontos mais altos da Estrela. Como qualquer anfíbio, a sua fase larvar é aquática na qual se alimenta de pequenos invertebrados aquáticos. Na fase adulta, de hábitos terrestres, alimenta-se de minhocas e lesmas. Apesar destas distintas fases, os adultos são mais fáceis de observar dentro de água. Pode segregar uma substância tóxica das suas glândulas cutâneas para defender-se da predação.
Anarrhinum longipedicellatum
Planta exclusiva de Portugal Continental. Ocorre sobretudo na Beira Litoral, crescendo em ambientes rochosos e taludes, em locais secos e expostos, de substratos ácidos, dos 50m aos 1000m. Floresce de finais de Abril a Agosto. Atinge um porte de 90cm. Está incluída no Anexo V da Diretiva Habitats.
Flamingo (Phoenicopterus roseus)
É uma ave inconfundível, pelo seu tamanho, coloração clara ou rosada, longas pernas rosadas, longo pescoço e bico rosado e preto muito característico. Alimenta-se de zooplâncton, minúsculos crustáceos que filtra da água com o seu bico altamente especializado. Esta ave habita sobretudo nas zonas húmidas junto ao litoral, se bem que pode também frequentar lagoas de interior com pouca profundidade. Apesar de não nidificar em Portugal, pode ser observada ao longo de todo o ano, formando grupos numerosos.
Freixo-comum (Fraxinus angustifolia)
Esta árvore de folha caduca pode atingir os 20m de altura. Amplamente distribuído por Portugal, compõe bosques ripícolas na margem de cursos de água em diferentes zonas do território, preferindo solos profundos. Está também associado à formação de sebes vivas que marginam lameiros. A sua floração pode ocorrer de Janeiro a Maio. Devido à elasticidade e resistência da sua madeira, tem sido muito utilizado em cabos de utensílios. Também já foi usado na cestaria e é plantado como ornamental. As suas folhas contêm propriedades medicinais, diuréticas e anti-reumáticas. A sua infusão considera-se eficaz na artrite e nas crises de gota. Também já foram utilizadas como laxante. É igualmente muito apreciada pelo gado.
Garça-vermelha (Ardea purpurea)
Garça de grande tamanho, atinge quase 1,50m de envergadura. Plumagem geral de cor cinza-escuro, mas exibindo também as tonalidades rosada e purpura que lhe dão o nome. Bico amarelo, comprido, tipo baioneta. Pernas longas e amareladas. Mantém o pescoço encolhido em voo, o que é característico desta família. Esta espécie migradora frequenta o nosso país de Março a Agosto, sendo na Ria de Aveiro que se localizam grande parte das colónias reprodutoras em Portugal. Constrói o ninho no meio dos canaviais, ao nível do solo ou da água. Alimenta-se de peixes, insetos e invertebrados aquáticos. O seu estatuto de conservação classifica-a «em perigo», devido à diminuição das suas populações.
Guarda-rios (Alcedo atthis)
Ave pequena, muito vistosa, pela sua coloração vibrante. Dorsalmente a sua plumagem é de cor azul brilhante e face ventral e peitoral de cor laranja. Tem um bico comprido e direito que utiliza para capturar as suas presas, sobretudo pequenos peixes, mas por vezes invertebrados aquáticos e alguns anfíbios. Espécie residente e distribuída por todo o país. Frequenta todo o tipo de cursos de água, evitando as zonas elevadas ou muito acidentadas e as mais humanizadas. O ninho é uma galeria estreita, escavada na margem de algum curso de água ou uma barreira nas proximidades. Vê-se frequentemente poisado em ramos, junto à água, de onde observa as suas presas, antes de se lançar num mergulho fulminante sobre estas.
Lagartixa-de-Carbonell (Podarcis carbonelli)
Esta pequena lagartixa exibe um dimorfismo sexual mais evidente durante o período reprodutor, de Março a Julho. Os machos mostram os flancos verdes com ocelos azuis enquanto que as fêmeas são mais acastanhadas. A face ventral das fêmeas adquire tonalidades creme ou amarela, sobretudo na garganta. Trata-se de um endemismo Ibérico de reduzida distribuição que, em Portugal, distribui-se ao longo da faixa litoral a Sul do Douro, estendendo-se para o interior ao longo das serras de Montemuro, Estrela e Malcata. Ocupa os vários patamares de altitude até aos 1600m, preferindo zonas com alguma vegetação arbustiva e arbórea e evitando locais mais rochosos. Também habita o cordão dunar do litoral. A sua alimentação consiste essencialmente em escaravelhos e aranhas.
Lagarto-de-água (Lacerta schreiberii)
Lagarto de dimensões médias, com dimorfismo sexual evidente, ao nível da coloração, do padrão dorsal e do tamanho. De corpo esverdeado, o macho diferencia-se por apresentar a cabeça azulada enquanto a da fêmea é de cor cinzenta. Endemismo do Noroeste da Península Ibérica e do Sistema Central, mantém algumas populações isoladas no Sul de Portugal. Habita zonas mais frescas e húmidas, em habitats associados a cursos de água e coberto vegetal denso. É característico das zonas montanhosas do Norte e Centro do país, mas ocorre desde o nível do mar até aos pontos mais elevados da Serra da Estrela. Alimenta-se de pequenos invertebrados, como moscas, gafanhotos e escaravelhos. Tal como o nome sugere, este lagarto não hesita em atirar-se à água e nadar em caso de perigo.
Lontra (Lutra lutra)
Este emblemático mamífero carnívoro de hábitos aquáticos está presente em grande parte dos recursos aquáticos do país e pode-se observar durante o dia, apesar da sua atividade ser predominantemente noturna. Com um tamanho que pode ultrapassar 1m de comprimento (com a cauda), o seu corpo está perfeitamente adaptado à natação, com uma pelagem densa e impermeável, patas com membranas interdigitais, nariz e visão adaptada à submersão e cauda propulsora. Alimenta-se de peixes, mas também pode capturar lagostins de rio, anfíbios e cobras-de-água. Constrói uma toca na margem dos cursos de água, que utiliza para descansar durante o dia e para dar à luz uma a cinco crias.
Ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus)
Este é o maior mamífero insectívoro que ocorre em Portugal. De aspeto arredondado, pode crescer até aos 30cm de comprimento e pesar cerca de 1kg. O nome advém da sua principal característica, uma cobertura de pequenos espinhos que o protegem dos predadores. De hábitos solitários e atividade noturna, tem uma dieta muito versátil, alimentando-se de pequenos invertebrados, insetos, tal como pequenos anfíbios e répteis. Aproveita ainda alguns frutos silvestres, sementes e cogumelos. Ocupa uma grande variedade de habitats e hiberna durante o período de Inverno.
Rã-ibérica (Rana iberica)
Anfíbio de pequenas dimensões, cujo comprimento raramente passa dos 5,5cm. De tonalidade castanha ou alaranjada, a face ventral é clara e por vezes com reticulado escuro. Possui membros posteriores compridos, olhos grandes e salientes com uma mancha pós-ocular escura. Encontra-se ativa durante todo o ano, preferindo cursos de água corrente e bem oxigenada, pelo que é mais habitual nas zonas montanhosas. Contudo, também frequenta charcos e lagoas. Trata-se de um endemismo do Noroeste da Península Ibérica, ocorrendo em Portugal a Norte do Tejo, desde o nível do mar até ao cimo da Serra da Estrela. Na Serra de S. Mamede encontra-se uma população isolada.
Salgueiro-preto (Salix atrocinerea)
Arbusto que pode atingir o porte de uma pequena árvore, crescendo em solos húmidos, nas margens de cursos de água, lagoas e charcos, desde o nível do mar até aos 1800m. A sua floração precoce, de Janeiro a Abril, torna-a numa importante planta melífera.
Tritão-de-ventre-laranja (Lissotriton boscai)
Pequeno tritão que não atinge os 10cm de tamanho total, apresenta uma coloração dorsal e lateral escura e o ventre alaranjado, com pintas negras dispersas por todo o corpo. Encontra-se apenas no Oeste da Península Ibérica, pelo que representa um endemismo. Em Portugal pode-se encontrar por todo o território continental, em diferentes habitats, desde o nível do mar até aos pontos mais altos da Estrela. Como qualquer anfíbio, a sua fase larvar é aquática na qual se alimenta de pequenos invertebrados aquáticos. Na fase adulta, de hábitos terrestres, alimenta-se de minhocas e lesmas. Apesar destas distintas fases, os adultos são mais fáceis de observar dentro de água. Pode segregar uma substância tóxica das suas glândulas cutâneas para defender-se da predação.